23 de mai. de 2012

Reconhecimento mundial

O PSDB na Câmara de 23 de maio registra que premiação internacional leva tucano a registrar voto de louvor a FHC
Dep. Reinaldo Azambuja
(PSDB/MS)

A escolha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como vencedor do prêmio “Kluge” levou o deputado Reinaldo Azambuja (MS), vice-líder do PSDB na Câmara, a pedir o registro, nos anais da Casa, de um voto de louvor e de regozijo ao tucano. A premiação de US$ 1 milhão é concedida pela biblioteca do Congresso dos Estados Unidos a personalidades que se destacam pela produção acadêmica na área das ciências humanas. A entidade destaca o papel de FHC “na transformação do Brasil de uma ditadura militar com alta inflação em uma democracia includente, com forte crescimento econômico”.

O reconhecimento internacional, segundo o deputado, ocorre em virtude da “enorme energia intelectual, manifestada na sua análise acadêmica das estruturas sociais do governo, da economia e das relações raciais no Brasil, que estabeleceram a base intelectual para sua liderança como presidente na transformação do País de uma ditadura militar com alta inflação em uma democracia vibrante e mais inclusiva com forte crescimento econômico”, como destacou a biblioteca. “O registro externa nossa alegria, orgulho e satisfação. É uma forma singela de dizermos muito obrigado FHC”, acrescentou Azambuja.

FHC, que deve ser considerado o mais destacado cientista político do fim do século 20 na América Latina, credita a escolha a sua produção “inovadora”. “Nunca fui exclusivamente sociólogo, cientista político ou economista. Fiz uma ligação entre várias áreas, uma produção de ciência social no seu conjunto. Isso me ajudou também a ter uma visão mais integral na vida pública”, apontou.

O ex-presidente da República também lembrou da importância dos que trabalharam com ele e reconheceu que a escolha “tem a ver também com o Brasil estar em evidência”. Presidente da República pelo PSDB de 1995 a 2002, FHC é formado em sociologia pela USP, onde se tornou professor em 1952. Com o golpe militar de 1964, exilou-se no Chile e na França. Retornou ao Brasil quatro anos depois. Atuou no Cepal (Comissão Econômica para a América Latina) e produziu obras como “Dependência e Desenvolvimento na América Latina”, ao lado do sociólogo chileno Enzo Faletto, e “Capitalismo e Escravidão no Brasil Meridional”.

O prêmio – que não tem periodicidade e distingue acadêmicos das áreas de ciências humanas e sociais, categoria não abrangida pelo Premio Nobel -, inclui ainda o montante de US$ 1 milhão, que será entregue em Washington no dia 10 de julho.

(Da assessoria do deputado, com alterações/ Foto: Alexssandro Loyola)

Nenhum comentário:

Postar um comentário