7 de jun. de 2012

Federais paradas

No PSDB na Câmara de 6 de junho, o Dep. Mendes Thame afirma que greve das universidades é resultado de inércia da gestão petista
Dep. Mendes Thame
(PSDB/SP)

Durante pronunciamento nesta quarta-feira (6), o deputadoAntonio Carlos Mendes Thame (SP) afirmou que a greve das universidades federais é resultado da ineficiente gestão petista, que começa com o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad. A paralisação atinge 80% das universidades federais e já dura mais de 20 dias. Estima-se que mais de um milhão de alunos estejam sem aulas.

Segundo o tucano, a educação de nível superior tem sido um exemplo de desleixo continuado do governo. “As instituições federais de ensino superior estão em greve desde 17 de maio. Há quase um mês a greve persiste”, lamentou. De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), 41 delas estão paradas.

Para Mendes Thame, a inércia e a lentidão do governo foram fatores determinantes da involução do ensino superior no país. “São reivindicações relacionadas às condições de trabalho e de infraestrutura, reestruturação de um plano de carreira, incorporação de gratificações, vantagens relativas à titulação e ao regime de trabalho e um salário mínimo de R$ 2,3 mil referente a 20 horas semanais. Não estão pedindo nada excepcional”, ressaltou.

No entanto, recebem do MEC a resposta de que se trata de uma greve sem cabimento e precipitada, segundo informou o deputado. Ele classificou a afirmação de “vergonhosa”. “Além de condenar a greve dos professores e considerar o movimento precipitado, o governo ainda manda uma medida provisória que nem repõe a inflação, um aumento de 4%, e com a incorporação das gratificações somente a partir do ano que vem”, disse.

Por fim, o parlamentar questionou: “Como podemos admitir que o Brasil possa vir a ter uma educação de qualidade nas universidades, que consiga aliar docência e pesquisa com professores que recebem salários desestimulantes, que acabam inibindo a permanência desses docentes na rede pública?”.

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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