6 de out. de 2011

Educação e mobilidade social

Post de Mary Anajara Lunardi Alves*

A educação deste século tem como foco principal o educador, pois ele é o aprendiz do processo. De nós é exigido que saibamos como se ensina e como se aprende. O educando de hoje não aceita mais educação bancária, gerada pela revolução industrial, e reforçada na teoria de Skinner na qual “só se aprende a fazer, fazendo”.

Precisamos educar de forma que possamos ter um cidadão com mobilidade social, ou seja, possuir habilidades necessárias para sua competência de leitura, interpretação do mundo em que vivemos e criatividade na solução de problemas.

O saber deve ocupar o espaço da contextualização da aprendizagem significativa e interdisciplinar, porque não somos como gavetas onde armazenamos o conhecimento fragmentado. O conhecimento articula-se em rede, nos diferentes dos campos dos saberes, as ciências da natureza, as ciências humanas, códigos e linguagens, e matemática, as ferramentas tecnológicas para enfrentar os desafios de uma sociedade competitiva e para uma economia sustentável, que está em pleno desenvolvimento.

Para que isto aconteça, precisamos pensar na formação continuada do professor, aliada a novas proposta curriculares do ensino acadêmico, como também em mudanças no Plano de Carreira do Magistério, porque não basta universalizar a educação, mas essencialmente qualificá-la.

As políticas públicas devem comprometer os gestores com as metas propostas, e estes precisam buscar o comprometimento dos educadores no alcance de resultados cada vez mais positivos na educação, que irão refletir nos resultados, medidos na avaliação externa, desvinculada da avaliação meramente subjetiva.

A sociedade quer um país desenvolvido e não aceita mais instituições que apenas protegem o corporativismo e direitos adquiridos – em nome de uma tradicional democracia – que, cada vez mais, reforça as desigualdades sociais e a exclusão.

Para conquistarmos a verdadeira valorização profissional, devemos proporcionar ações educacionais para o jovem tornar-se um cidadão humanizado, ético e competente o suficiente para mobilizar-se na sociedade – com a curiosidade de um pesquisador – a fim de que possa produzir com qualidade e criatividade. Essa meta pode ser atingida, porque somos profissionais da educação capazes e competentes. Basta que estejamos abertos e receptivos às mudanças propostas e façamos o nosso melhor, para que isto possa acontecer.

*Pedagoga e Psicopedagoga

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