Dep. Rogério Marinho (PSDB/RN) |
Diante dos problemas de baixa qualidade do ensino público, falta de investimento na área e abandono escolar, o deputado Rogério Marinho (RN) cobrou do governo federal uma urgente reforma educacional. “Essa, sim, é a mãe de todas as grandes reformas nacionais de que o país precisa”, ressaltou nesta segunda-feira (27) durante pronunciamento.
“Se fizermos uma avaliação do setor educacional baseada nos discursos e propagandas governamentais, chegaremos à conclusão de que tudo vai muito bem. Entretanto, se nossa análise se debruçar sobre os números da educação, chegaremos a conclusões bem opostas. O que não faltam são indicadores negativos e vexatórios no setor”, disse.
O tucano considerou lamentável o fato de o Brasil ter um dos piores sistemas educacionais do mundo. “Carecemos de qualidade básica. Sem falar no ensino médio, que não prepara o jovem para a vida. Temos ainda um ensino técnico acanhado, pequeno, não diversificado e flexibilizado, como é na maior parte dos países desenvolvidos. O governo federal faz propaganda sobre as escolas técnicas federais e esquece de dizer que apenas 1% dos estudantes de ensino médio profissional está lá”, destacou.
Diante da triste realidade, Marinho espera que o governo adote medidas que possam de fato mudar a situação. “Enquanto a sociedade não abraçar a educação como uma área vital para o futuro do país dificilmente teremos um crescimento real, sustentável e com geração de oportunidades para todos. Hoje a educação é discurso oportunista de uns e presa de um corporativismo atrasado e danoso que penaliza o país como um todo”, afirmou.
O tucano lembrou ainda do corte de quase R$ 2 bilhões no segmento. “A diminuição da verba para educação é mais uma prova, incontestável, de que a valorização da educação por parte do Planalto é retórica, e baseada em quantidades e números superlativos”.
Marinho citou ainda Natal como campeã em falta de qualidade nos colégios. Em 2005, 2007 e 2009, a cidade foi classificada como tendo um dos piores ensinos entre todas as capitais, segundo dados do IDEB – Prova Brasil, do MEC.
Plano empacado
→ O Plano Nacional de Educação (PNE), em discussão há mais de um ano no Congresso, empacou porque o governo não quer investir mais em educação, rejeita e luta bravamente contra o investimento de 10% do PIB para o setor educacional.
(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Beto Oliveira/Ag. Câmara/ Áudio: Elyvio Blower)
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