4 de jan. de 2012

Foi o PT quem mudou. O Cpers continua o mesmo...

Manifestação do CPERS
Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Entrevista: Mariza Abreu, ex-secretária da Educação do RS,  em 04 de janeiro no blog de Políbio Braga

Quem mudou: o Cpers ou o PT ?

O PT. O Cpers é o mesmo: reivindica o impossível, defende posições atrasadas, desrespeita autoridades instituídas. E o PT, que utilizou o Cpers para fazer oposição aos governos do PMDB e do PSDB, hoje no governo critica o que antes apoiava e faz o que antes criticava.

A presidente do Cpers, Rejane Oliveira, é do PT, como boa parte da direção e filiados do sindicato. O que fará essa gente ?

Podem migrar para partidos mais radicais, como PSTU e PSOL, ou ficar sem filiação, como alguns atuais integrantes da diretoria do Cpers, eternos sindicalistas.

Qual a origem deste entrevero todo ?

Ocorreu perda do valor real dos salários dos professores a partir dos anos 70, o que explica o movimento sindical do magistério nos anos 70 e 80. Mas, à época, o Cpers era pluralista. A partir dos 90, o PT confundiu partido e sindicato. E estimulou essas posições atrasadas que o Cpers defende, como a "imexibilidade" de um plano de carreira hoje com 37 anos, e anterior à CF de 1988, LDB de 1996 etc. etc.

Que pontos propostos pelo governo do qual a senhora fez parte, foram assumidos pelo secretário José Clóvis de Azevedo, representante da DS, grupo de extrema esquerda, no governo do PT ?

No concurso público, adotou a aplicação de provas específicas, além de apenas provas gerais iguais para todos, e o concurso por Coordenadoria Regional de Educação, e não por Município.
Na avaliação do magistério, adotou dois princípios: a formação continuada como eixo principal da progressão na carreira e resultados educacionais coletivos da escola como fator para a variação salarial. A partir daí, faz pouco e faz mal. Por exemplo: formação continuada só por freqüência, sem aproveitamento do professor, não contribui para melhor aprendizagem dos alunos. Resultado educacional da escola só como menor evasão é pouco, enquanto o Ideb do próprio MEC sintetiza aprovação e aprendizagem medida pela avaliação externa (Saeb e Prova Brasil). Parece que fazem para não fazer, ou não sabem fazer.

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