5 de mar. de 2012

Contradição do governo Tarso em relação ao piso do magistério na mídia

As colunas políticas dos jornais Correio do Povo e Zero Hora de hoje, 05 de março, repercutem a questão do piso nacional dos professores e o imbróglio em que está o governo Tarso


ZERO HORA | PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA

Nelson Marchezan Junior
no Encontro do PSDB/RS
TUCANOS COBRAM PISO

A cobrança pública ao governador Tarso Genro, para que pague o piso salarial aos professores, marcou a reunião do diretório do PSDB em Imbé, no fim de semana. É o troco pela forma como o PSDB foi tratado quando o governo de Yeda Crusius recorreu ao Supremo Tribunal Federal, alegando que o piso era inconstitucional por estabelecer, por lei federal, despesas que os Estados e municípios não teriam como bancar.

Em nota lida durante o encontro, os tucanos dizem que o calendário proposto pelo governo no último dia 24 “rompe o compromisso assumido pelo governador Tarso Genro durante a campanha eleitoral de 2010, quanto ao cumprimento da lei do piso nacional do magistério, caracterizando um calote eleitoral”.

A nota lembra ainda que Tarso “não pagará nem neste ano, nem até o final de seu governo” o piso nacional de R$ 1.451, válido desde janeiro, pois pretende integralizar sua proposta de reajuste em novembro de 2014, no valor de R$ 1.260,22.

CORREIO DO POVO | PÁGINA 4 | TALINE OPPITZ

Calcanhar de Aquiles

O Piso nacional do magistério se tornou um dos calcanhares de Aquiles da gestão Tarso Genro e seguirá sendo explorado à exaustão pelos adversários apesar dos substanciais aumentos propostos aos professores. Mesmo que a expectativa do Piratini se confirme e o critério de reajuste seja alterado do custo-aluno Fundeb para o INPC, ou ainda que a Procuradoria-Geral da República considere inconstitucional a garantia de ganho real por meio de portaria do Ministério da Educação, Tarso será cobrado até o fim de sua gestão sobre sua postura. Por um simples motivo. Durante a campanha, o então candidato se comprometeu a pagar o Piso. É verdade que ele afirmou que o faria ao longo de sua administração, não nos primeiros anos de mandato. O problema é que, ao fazer a promessa, Tarso - que avalizou a lei ao lado do então presidente Lula e, portanto, tinha conhecimento de sua integralidade - não mencionou o "detalhe" de que seu compromisso de campanha estava atrelado à alteração do critério de reajuste do Piso, discurso adotado agora que está no Executivo.

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