![]() |
Tarso Genro atrita-se em publico com Ministro da Educação de seu partido |
Brasília – Em um novo capítulo da briga entre petistas por conta do piso salarial para professores, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou ontem que o governador Tarso Genro (foto) tem o “direito democrático” a ter uma posição sobre o novo valor, mas ressaltou que a Justiça já tomou uma decisão contra o governo gaúcho.
Decisão judicial de primeira instância, divulgada na segunda-feira, obriga o Estado a pagar R$ 1.451 como piso para o magistério.
Na segunda-feira da semana passada, o Ministério da Educação anunciou que o piso passaria para R$ 1.451, um reajuste de 22,22% em relação ao valor anterior. Governadores de 10 Estados foram a Brasília em busca de apoio por uma nova reforma no reajuste. Tarso, que governa um dos Estados que não paga o mínimo estabelecido, foi o único que atacou diretamente Mercadante no fim da semana:
– A opinião do Mercadante é uma opinião, do ponto de vista jurídico, totalmente furada e que não tem respaldo na realidade jurídica do país e nem nas relações federativas.
Mercadante respondeu ontem dizendo que todos os 27 governadores foram comunicados do novo valor do piso, portanto nenhum deles foi pego de surpresa.
– É um direito democrático dele (Tarso Genro) ter uma avaliação sobre a natureza jurídica do piso – disse o ministro.
Mercadante defendeu a lei do piso afirmando que foi aprovada em 2008 por unanimidade no Congresso e que o Supremo decidiu pela sua constitucionalidade, após ser questionada por governadores. O ministro também lembrou que o governo gaúcho já teve um revés em relação ao piso.
– No caso específico do Rio Grande do Sul, o juiz já decidiu.
Mercadante disse que não chegou a falar com Tarso após a polêmica, pois ele está em viagem à Alemanha. O ministro voltou a reconhecer que o reajuste foi “forte”:
– O que o Brasil precisa discutir é que não teremos uma educação de qualidade se não valorizarmos o ingresso na carreira. O piso tem que continuar crescendo de forma sustentável e progressiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário