11 de mar. de 2012

Contradição do governo Tarso sobre o piso do magistério no noticiário

Correio do Povo de 11 de março, na coluna de Taline Oppitz

Entre a cruz e a espada

Preocupados com os desdobramentos com o não pagamento do Piso nacional do magistério no Estado, deputados da bancada petista iniciaram uma série de articulações com parlamentares federais do partido e com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia. A expectativa é que seja possível criar no Congresso Nacional movimento que viabilize a alteração do critério de reajuste do Piso, substituindo o custo-aluno Fundeb pelo INPC. Os deputados decidiram se organizar na tentativa de evitar que o Piratini leve adiante a ideia, discutida com a bancada na última semana, de promover mudanças no plano de carreira do magistério. As alterações, apesar da resistência da base aliada e, principalmente da bancada do PT, são a única alternativa em análise pelo Executivo para cumprir a Lei do Piso, caso o índice do custo-aluno Fundeb seja mantido. O certo até agora é que o dilema do governo é complexo e o desgaste político inevitável. Se o Congresso não mudar o critério, o governo irá descumprir a promessa de campanha, de não mexer no plano de carreira, para honrar o pagamento do Piso, outro compromisso feito por Tarso Genro durante a disputa ao Piratini.

Crédito: Marcos Eifler / AL / CP Memória
De camarote

A ex-secretária da Educação Mariza Abreu está assistindo de camarote ao brete em que o PT e o governo se encontram no episódio do Piso nacional do magistério. Mariza foi homenageada, "por sua coerência", na última semana, pelo deputado Frederico Antunes no plenário da Assembleia. "Três governos tentaram mudar o plano de carreira, e o PT não deixou. Na gestão Yeda Crusius, dissemos que não haveria como honrar o Piso sem alterar o plano de carreira. Agora, o problema está com eles. Quem pariu Mateus que o embale", disse a ex-secretária.

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