12 de mar. de 2012

Deu na ZH: históricos problemas de gestão também explicam baixos salários dos professores

Na Página 10 da Zero Hora de hoje, 12 de março, Rosane Oliveira relata o ingresso de Mariza Abreu no magistério estadual como exemplo dos problemas da gestão de pessoal na rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul

·   Como nascem as distorções
A ex-secretária de Educação Mariza Abreu é um exemplo de que por trás dos baixos salários dos professores gaúchos está, também, a falta de critério nas nomeações.

Quando Mariza fez o concurso, havia a promessa do Palácio Piratini de nomear todos os aprovados. Ela foi nomeada em 1983. Quando se apresentou na 1ª Delegacia de Educação (hoje coordenadoria) para ser designada para uma escola, ouviu a seguinte pérola do funcionário que a atendeu:

– Pode escolher a escola que a senhora quiser, pois não estamos precisando de professor de História em nenhuma escola de Porto Alegre.
·   Arranjo
A história de Mariza Abreu não para por aí. Como ela estava assessorando a então deputada Ecléa Fernandes, pediu para ser cedida à Assembleia Legislativa, sem ônus para a SEC. Enquanto o processo tramitava, ficou assinando o ponto numa escola do bairro Jardim Lindoia.

A direção disse que não estavam precisando de professor de História, mas que ela podia dar aula de Ciências. Mariza respondeu que, sendo licenciada exclusivamente em História, no máximo podia ensinar Geografia.

A liberação saiu duas semanas depois, ela trabalhou aquele ano na Assembleia e só em março de 1984 começou a dar aulas de História, no Instituto de Educação.

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